Na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher em vários lugares do mundo, a data vem atualizar as lutas das mulheres por igualdade e valorizar as conquistas que já fazem parte do seu cotidiano.

Dos mais de 50 milhões de empreendedores no Brasil, 45% são mulheres. Segundo dados do estudo Global Entrepreneurship Monitor 2016, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), o número de mulheres envolvidas em negócios com até três anos e meio de atuação no mercado alcançou uma taxa de 15,4%, enquanto o gênero masculino somou 12,6% de participação.

A presença de mulheres no mercado de trabalho tem avançado nos últimos anos, sobretudo na conquista de cargos de liderança. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres nos cargos gerenciais é de 38%. No entanto, as mulheres ainda recebem cerca de 76% do salário que os homens recebem para desempenhar a mesma função.

É por isso que as iniciativas do empreendedorismo feminino têm ganhado espaço, quebrando barreiras e buscando outras formas de gestão do próprio negócio. Em busca de melhores rendimentos e autonomia financeira, as mulheres têm se aventurado em novos negócios.

“O mais difícil de ser mulher empreendedora é a necessidade de provar que você merece estar ali, especialmente para os homens. O sexismo no mercado audiovisual é latente e exige confrontos diários por respeito e representatividade”, afirma Mayra Prevides, sócia da Produtora Sound Design. Para a empresária, é fundamental ter uma postura firme, conhecer profundamente o seu modelo de negócio e uma dose de paciência.

“Um dos maiores desafios que vivo como empreendedora em minha empresa de consultoria é conciliar a maternidade e o trabalho. Não só em relação à rotina, o que já é desafiador, mas em relação às expectativas dos clientes”, ressalta Daniela Provedel, coach e psicóloga. Ela explica que muitos clientes chegaram a comentar que a maternidade poderia atrapalhar o andamento dos projetos. “Certamente tornei-me uma profissional muito mais empática, dinâmica, organizada, flexível, criativa, tolerante, forte e focada com a maternidade”, finaliza.

Daniela Provedel – Coach e Psicóloga

O número de famílias chefiadas por mulheres também cresceu nos últimos anos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apontam que 4 em cada 10 lares são sustentados por uma mulher. Isso significa que a renda do trabalho feminino que antes era complementar, agora ocupa um lugar central em algumas famílias. Há muito para se avançar, mas as força feminina se vê em muitos espaços.

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