Foto: Alexandre Battibugli

 

Começou hoje a valer o plano de flexibilização da quarentena anunciado pelo governo do estado de São Paulo. Cada região do estado terá um tipo distinto de liberação, de acordo com os seguintes critérios: média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes com coronavírus, número de novos casos, internações e óbitos. Caberá às prefeituras definir como será essa reabertura dentro da fase de flexibilização liberada pelo governo estadual. O governador de São Paulo, João Doria, disse que o Plano apenas permite ao governo estadual fornecer “dados e procedimentos com base na ciência e na medicina para que cada município possa acompanhar a evolução da pandemia” e, assim, gradualmente reabrir a economia local.

As etapas de flexibilização seguirão os seguinte esquema de cores:

  • Vermelho, alerta máximo: Liberação apenas de serviços essenciais devido ao alto risco de contaminação;
  • Laranja, controle: Fase de atenção. Início da flexibilização de setores com baixo risco para a saúde;
  • Amarelo, flexibilização: Começa a abertura também controlada de um número maior de atividades;
  • Verde, abertura parcial: Flexibilização abrange outros ramos, mas ainda com restrições;
  • Azul, normal controlado: Todas as atividades têm permissão para funcionar, mas com medidas de distanciamento e higiene.

Na capital paulista, que está no nível laranja, nada muda por enquanto. A quarentena foi estendida até 15 de junho e só os serviços essenciais, como supermercado e farmácias, continuam funcionando. O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas, preferiu não falar em prazo para a retomada e garantiu que será mantida a quarentena e a fiscalização sobre os setores considerados não essenciais que tentarem retomar as atividades sem autorização.

Covas indicou que, a partir de hoje, serão avaliados os casos de cada setor a partir do envio de um protocolo de segurança, o qual precisará ser aprovado pela Vigilância Sanitária. Para conseguir a liberação, entidades setoriais precisam apresentar protocolos de saúde, higiene e testagem, as regras de autorregulação para fiscalização desses protocolos, e a política de comunicação para proteção de consumidores e funcionários. A Prefeitura já começou a receber o material nesta segunda-feira (1º).

Os setores aptos à reabertura deverão ainda apresentar um planejamento, que inclui itens como a testagem dos funcionários, normas de higiene e regras de autorregulação para fiscalização. O prefeito também chamou a atenção para que as empresas tomem medidas para evitar punir as trabalhadoras que precisam cuidar dos filhos, uma vez que as creches e escolas continuarão fechadas.

“Não poderemos ampliar a desigualdade na cidade, já que as creches e escolas ainda não voltam a funcionar. A funcionária mulher não deve ser penalizada. É sempre sobre a mulher que recai a obrigação de cuidar dos filhos. Não podemos ter demissões das funcionárias mulheres. Vamos ver de que forma os setores vão assumir esse compromisso com a cidade de São Paulo”, disse Covas.

O prefeito pediu também que a população continue a respeitar o isolamento social e use máscaras. Ele ressaltou que, caso a situação da cidade piore, pode haver regressão no plano de retomada. Bruno Covas explicou que, se os índices piorarem, a cidade volta a ser classificado como município em região vermelha no estado de São Paulo e todos os setores aptos à reabertura voltam a fechar.

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