A famosa Rua 25 de Março completa, no próximo dia 28 de novembro, 155 anos de sua construção. Amada por quem gosta de fazer compras dos mais diversos itens, desde decorações de festas até roupas, a região do Circuito das Compras já chegou a receber cerca de um milhão de pessoas em um único dia, que buscavam preços baratos e variedade. Mesmo sentindo os efeitos da pandemia, o comércio local já começa a se recuperar e se prepara para as compras de fim de ano.
O registro da “25” – como é conhecida pelos paulistanos – foi feito em 25 de março de 1865. A descoberta do documento é creditada ao pesquisador Lineu Francisco de Oliveira, no livro “Mascates e Sacoleiros”. O título conta que a história da rua está ligada à origem da cidade de São Paulo. O autor ainda lembra que o Pateo do Colégio, berço da fundação da cidade, fica próximo da região onde se situa a 25. A construção e inauguração da via, entretanto, só aconteceu nos meses seguintes.
Anteriormente conhecida como Rua das Sete Voltas e Rua de Baixo, a Rua 25 de Março ganhou seu nome em homenagem à constituição brasileira de 1824, assinada na mesma data. Os primeiros comerciantes documentados a chegar na região para desenvolver atividades comerciais foram os árabes, sírios e libaneses. Na década de 1930, ficou conhecida como “rua dos turcos” devido à grande presença desses comerciantes.
A partir da década de 1970, o comércio de produtos industrializados nacionais ganhou força na região. Cerca de 10 anos depois, a hegemonia foi quebrada, e essas mercadorias passaram a dividir espaço com produtos importados da China e do Paraguai. Com a crescente globalização do início do século 21, a Rua 25 de Março passou por grandes mudanças e expansões. A nova dinâmica comercial da região passou a incluir um volume muito maior de transporte e importação de produtos: containers cheios de mercadoria que chegavam pelos portos ao Brasil passaram a ser vendidos a uma grande massa de consumidores.
Considerada hoje o maior centro comercial da América Latina, a Rua 25 de Março possui cerca de 1,3 Km de extensão e está localizada bem no centro da cidade de São Paulo, próxima ao Mercado Municipal, da Estação de metrô São Bento e da Praça da Sé. Possui milhares de pontos de venda, incluindo os camelôs, frequentes nas calçadas, e que, na maioria das vezes, comercializam brinquedos, roupas infantis, bijuterias e até artigos para animais domésticos. Hoje é vista também como um dos principais pontos turísticos da capital paulista. Depois de sua modernização, passou a receber um volume ainda maior de consumidores, desde as sacoleiras até as madames.
