O comércio popular da região central de São Paulo é conhecido como o maior polo comercial da América latina. Ele inclui regiões como o Brás, Pari, 25 de Março, Bom Retiro, Santa Ifigênia, Sé e Liberdade. Abriga inúmeros empreendimentos comerciais, lojas, restaurantes, bares, estacionamentos, farmácias, lotéricas e serviços em geral. É uma área privilegiada que recebe turistas nacionais e internacionais. Em outras palavras, o centro de São Paulo merece uma revitalização, um resgate de seus monumentos e lugares históricos. Alguns exemplos da região que são um verdadeiro marco na história de São Paulo são a Catedral da Sé, o Pátio do Colégio, o Colégio São Bento e a Praça Padre Bento, no Pari, entre outros.
Evidentemente que esse projeto e trabalho envolve diversos setores da sociedade, do poder público e da iniciativa privada. Também inclui as autoridades policiais, policiais militares e guardas civis metropolitanos, uma vez que é necessário garantir a conservação e guarda do patrimônio público revitalizado.
Além disso, a pandemia demonstrou para a população em geral uma questão fundamental: a moradia. Isso reforça a ideia de que o centro deve e merece ser revitalizado, oferecendo uma moradia digna e apta para que as pessoas tenham fácil acesso ao trabalho do dia-a-dia dentro da região central.
Com isso em mente, acrescenta-se o fato de que os cidadãos terão tempo e também condições de se requalificaram com programas que a própria Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras – APECC, junto com o SEBRAE e outros parceiros, querem fazer para o aprimoramento dos trabalhadores no mercado central. Tal situação e projeto deve ser a pauta para o futuro prefeito de São Paulo, ou seja, implantar obras e políticas públicas que darão o devido suporte à população para superar e retomar as atividades no pós- pandemia.
Diante disso, surgem algumas ideias importantes para a chamada “revitalização do centro de São Paulo” com o objetivo de resgatar e valorizar o centro, bem como atrair cada vez mais investimentos nessa região, gerando mais emprego e renda para a população. Cito dez pontos possíveis de melhorias:
1) Terminal/Estacionamento de ônibus para a 25 de Março; viaduto ao lado do Catavento para receber turistas nacionais e internacionais; um ponto oficial da UBER, bem como um ponto com café, guarda volumes; sala de espera e apoio para as Vans da APECC- apoio a mobilidade urbana no centro de São Paulo;
2)Casa da Retorta – local para museu e exposição de feiras e eventos, bem como trazer/acomodar todas as Câmaras de Comércio Brasil/China e Associações Comerciais e Culturais China/Brasil;
3)Pontos Oficiais do UBER no Brás;
4)Pontos Oficiais do UBER no Pari;
5)Uma Nova Passarela (escada rolante e iluminação) da Rua Rodrigues dos Santos/ Rua Bucolismo; ligação importante do Brás – uma passarela que liga o comércio entre as regiões;
6)Revitalização do Centro de São Paulo + política públicas incluindo:
- a) melhoria do paisagismo e recuperação das praças;
- b) calçadas reformadas;
- c) melhoria na segurança pública de toda a região;
- d) iluminação;
7)Chinatown (aspectos culturais + arquitetura + SP como cidades ao redor do mundo: Nova Iorque; Londres, Paris, Buenos Aires, São Francisco); ponto de ônibus; iluminação LED (característica chinesa); hotspot (wireless com cadastro do usuário); “Smartdistrict Chinatown”;
8)Moradia no Centro de São Paulo (office home) – apartamentos de 20 a 60 m2; com estrutura de escritórios de trabalho;
9)Hotelaria na região central – Hotéis na 25 de Março; no Brás – Shopping Stunt – Ibis e Megapolo;
10)Ônibus de Turismo – ônibus do SP TURISMO para levar visitantes nos locais turísticos como Mercadão; Catedral da Sé; Pátio do Colégio; Colégio São Bento; com APP da história central em português, inglês, mandarim e espanhol para conhecer a história do centro de São Paulo
Entendemos que esses 10 pontos serão o começo de uma mudança significativa do centro de São Paulo, trazendo mais comércio, fomentando o empreendedorismo, a inovação e geração de emprego e renda. Certamente, a região central terá uma outra cara, a cara da modernidade, do turismo de compras, do turismo gastronômico, do turismo do lazer e da cultura. É necessário, portanto, a criação de uma “smart city” ou, para ser menos ousado, um “district city” que ofereça segurança aos consumidores, lojistas, empreendedores e também mais comodidade para a população local e visitante. Isto significa tornar a região central em um local único e inovador, oferecendo uma boa experiência de compras.
Thomas Law é Doutor em Direito Comercial da PUC/SP, Mestre em Direito das Relações Internacionais Econômicas da PUC/SP, Especialista em Direito Civil e Processo Civil pela FAAP, Especialista em Direito Penal Econômico pela GV-LAW, Coach e Árbitro do Willem C. Vis International Commercial Arbitration Moot, Membro do IASP – Instituto dos Advogados de São Paulo, Autor do Livro: “O Reconhecimento e a Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras no Brasil;” Advogado em São Paulo e sócio fundador do escritório Thomas Law Advogados. Conselheiro Diretivo da APECC – Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito de Compras e Presidente do IBRACHINA – Instituto Sociocultural Brasil e China.