No processo para entender melhor o presente e as transformações que estão por vir, uma das perguntas mais emblemáticas para marcas e empresas que surgiu neste momento é: será que essas mudanças deixarão um legado em um mundo pós-COVID? Algumas tendências que estavam previstas para acontecer daqui a alguns anos já são realidade. Um exemplo é a digitalização dos hábitos de consumo, que deixou de ser uma prática restrita a um grupo pequeno de e-shoppers brasileiros: hoje, 51% das pessoas que aderiram ao e-commerce de alimentos na pandemia afirmam que pretendem continuar com o hábito mesmo depois da quarentena.

As listas e os carrinhos de compra passaram a ser compartilhados. Se estamos todos juntos em casa, por que não dividir a mesma lista de compras ou encher o mesmo carrinho? Com mais de 60% dos brasileiros passando mais tempo em família, as decisões de compra estão cada vez mais compartilhadas. “Pensando logicamente, essa nova realidade traz a transferência de uma decisão baseada na satisfação pessoal para uma decisão que corresponda a um grupo cada vez maior de pessoas”, afirma Rafaela Almeida, professora da ESPM. Entre os itens mais buscados pelos consumidores, os campeões são os produtos de higiene pessoal, os de limpeza e os alimentos perecíveis e não perecíveis.

A crise também lançou luz sobre as compras impulsivas. Em casa, temos uma melhor noção das coisas que compramos e que não usamos. Essa maior visibilidade relacionada aos possíveis sinais de desperdício reforça a diferença entre os consumidores que valorizam a posse de bens de consumo versus aqueles que estão satisfeitos com o acesso a eles. E se olharmos um pouco além das experiências que podem ser oferecidas para diferentes pessoas, notamos que há um importante comportamento em comum: grande parte do público se viu obrigado a incorporar novos hábitos de compras na quarentena. Nessa lógica, a visita à loja física não foi deixada de lado. Muitas vezes, ela é complementar às compras online e vice-versa.

Outro dado interessante é que 40% dos consumidores começaram a comprar mais em comércios locais desde o início do isolamento social. Combinados às novas formas de consumir, esses números são um bom indicativo para pequenos negócios que querem consolidar sua presença digital.

Com a crescente busca por compras mais abastecedoras, outra área que também está passando por uma renovação é a de logística relacionada às demandas domésticas. Ao longo dos últimos meses, acompanhamos 3 importantes transformações: o aumento da cesta de produtos ou do carrinho de compras, crescimento das entregas com carro e o aumento de pedidos via delivery. Este último pode ser visto como um indicativo de que a conveniência da entrega na porta de casa deve ser mais considerada após a pandemia. Não à toa, 37% dos brasileiros conectados estão usando o delivery com mais frequência. Outro fator determinante para os consumidores é a segurança: 27% das pessoas reduziram as idas aos supermercados.

Fonte: Think with Google

 

A APECC realiza amanhã, 12/08, às 19h, um webinar sobre o consumo no pós-pandemia com o Dr Armando Rovai, Consultor Jurídico da Associação, e o Dr. Thomas Law, Conselheiro Diretivo da entidade.

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