Lançado em 2020, o Pix rapidamente ganhou popularidade e, por não ter custos para a operação, substitui grande parte de operações financeiras como DOC e TED.
O Pix é usado por 42% dos empreendedores, segundo pesquisa divulgada pelo Sebrae e IBGE, que ouviu 6 mil empresários de todo o país. Entre os MEIs (microempreendedores individuais) têm um desempenho ainda melhor, pois 51% deles afirmam que essa é a principal forma utilizada em suas vendas. Nas micro e pequenas empresas o Pix responde por 28%.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, explica que a grande aceitação ocorreu por ser um sistema rápido, “mais barato que uma taxa de cartão e pode ser usado 24 horas por dia”.
Nas microempresas, o cartão de crédito é o principal meio de pagamento, com 30% das operações. Em seguida, vem o Pix (28%), dinheiro (10%) e o débito (9%). Outros meios, como aplicativos, representam 23%.
Nas operações em pequenas empresas o Pix é a principal opção, com 42%. Depois, vêm o crédito (23%), o dinheiro (13%) e o débito (7%).
Comércio eletrônico
Um número crescente de micro e pequenas empresas vem oferecendo seus produtos no e-commerce. No momento, o cartão de crédito continua sendo a opção preferencial pela comodidade do parcelamento.
Até recentemente o boleto era a segunda opção mais popular, mas de acordo com Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), eles acabam não sendo pagos em 50% das vezes.
A desistência da compra vem diminuindo quando a empresa oferece a opção de pagamento via Pix. O Estudo de Pagamentos GMattos, mostra que o Pix está ultrapassando os boletos como forma de pagamento preferencial. A consultoria prevê que ele tem potencial para chegar a 92% nos próximos anos.
A projeção leva em conta o histórico recente. Em janeiro de 2021, o Pix tinha 16,9% de aceitação entre os comércios virtuais do Brasil. Porém, em julho de 2022, alcançou 76,3%.
Outro dado que chama atenção, segundo dados do Banco Central, em julho deste ano, o número de chaves Pix registradas era de 478,3 milhões, mais que o dobro do número de habitantes do Brasil (214,9 milhões).
