A retomada comercial tem gerado altas expectativas entre os varejistas em relação ao comportamento do consumidor, principalmente com a aproximação das festas de fim de ano. Um estudo feito pela Rakuten Advertising, empresa especializada em tecnologia para publicidade e marketing digital, indica quais foram os impactos gerados no comportamento de compra das pessoas diante da pandemia e o que elas esperam para o último trimestre do ano.
Apesar de 40% das pessoas terem tido alguma redução em ganhos devido à pandemia, 87% devem ir às compras no Natal e 57% planejam algum gasto em ocasiões como a Black Friday, por exemplo. Cerca de 70% dos consumidores em todo o mundo não preveem uma diminuição nos gastos durante a alta temporada de compras de 2020. Em vez disso, os consumidores estão priorizando quem vão presentear e ajustando os orçamentos de acordo.
A tradicional ceia farta e os presentes sob a árvore darão lugar a uma diversidade menor de pratos, com aves e produtos nacionais pelo menos para as classes C e D. Ainda assim, o varejo e especialistas apostam no aumento do consumo. “Será uma ceia diferente porque as famílias vão usar o alimento para compensar o ano difícil. Vão reduzir quantidades para não abrir mão do que desejam. Com o dólar alto, produtos nacionais e de mercados mais próximos ganham protagonismo. Vai ter menos vinho da Europa e mais do Brasil e da América do Sul. O consumidor faz essa troca”, diz Fábio Queiroz, presidente da Asserj.
De acordo com o estudo “Novos hábitos digitais em tempos de Covid-19”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna, a crise do coronavírus fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para poder manter os negócios em operação. O consumidor, por sua vez, rapidamente mudou seus hábitos e abraçou ferramentas digitais. “Os consumidores estão cientes do risco de contaminação ao sair de casa e por isso, ainda que saiam às ruas para comprar itens essenciais, têm apresentado um comportamento mais digital, usando aplicativos para compra e pagamento, por exemplo”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.