Novos padrões de comportamento que estão mudando a sociedade e mudando o varejo no mundo todo. Esse cenário está relacionado com as preferências dos consumidores por produtos locais, que impulsionam esse movimento.

Tal tendência explora a praticidade e a conveniência, e sobretudo, cria oportunidades para varejistas e pequenos produtores. É o que especialistas estão chamando de “pensamento hiperlocal”.

Um estudo da empresa britânica especializada em comércio varejista Brightpearl indica  que seis em cada dez consumidores planejam consumir de forma mais local nos próximos 12 meses. Já no Brasil, conforme estudo realizado pela Mastercard em 2020, 79% dos brasileiros preferiram consumir em comércios locais durante a pandemia. Além disso, 91% dos pesquisados devem continuar com esse hábito após a pandemia.

Essa ideia de um varejo mais descentralizado ganhou força com a pandemia, juntamente com o comércio online. De várias maneiras, está se moldando um novo perfil de consumidor. Há uma busca do consumo de vizinhança, com desejo crescente dos clientes por conveniência e proximidade.

“É inegável o crescimento do hábito da compra online, mas também é senso comum que a compra física se complementa a ela, e vice-versa”, diz Marcos Saad, executivo que preside a ABMalls (Associação Brasileira de Strip Malls).

De fato, os pequenos varejos passaram a receber uma atenção maior dos clientes na pandemia, que antes recorriam aos grandes shoppings. Um estudo realizado pela consultoria Kantar revela que o Brasil está seguindo uma tendência de consumo que ocorreu em países como a China durante o cenário pandêmico.

De acordo com a pesquisa, os consumidores brasileiros estão moldando seu comportamento de compra e 75% dos entrevistados afirmaram que começaram a comprar em lojas mais próximas de casa, enquanto 53,5% justificam a opção levando em conta os preços acessíveis.

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