O Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo foram unanimes ao declarar que a reabertura do comércio na capital para o Dia das Mães está descartada. O posicionamento foi revelado na manhã da última segunda-feira (27/4) em uma coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes. Já há estudos em curso para criar regras para uma reabertura gradual de negócios em São Paulo, num trabalho realizado por economistas e especialistas em saúde. Mas as normas serão conhecidas somente na próxima semana.
“Do ponto de vista do governo, já respondemos que não há exceção. Não houve para a Páscoa, não terá para o Dia das Mães. Teremos uma quarentena obrigatória até o dia 10 de maio, a não ser serviços essenciais. Os demais podem atender online”, afirmou o governador João Doria. A decisão é partilhada pelo prefeito Bruno Covas, que não cogita permitir que comércios, independente do tamanho, voltem a funcionar. “Sem nenhuma chance. Faço o reforço para que as pessoas denunciem o comércio não essencial aberto. Por favor, denunciem no 156. Muito mais importante do que o comércio no Dia das Mães é a proteção da vida”, reforçou Covas.
Covas destacou ainda que 2 mil fiscais das subprefeituras estão atuando na fiscalização do comércio para notificar empresas funcionando de maneira irregular na capital. Os fiscais poderão lacrar e fechar estabelecimentos não essenciais que forem flagrados abertos.
Lojistas da cidade de São Paulo se reuniram com o governo do estado para pedir a reabertura do comércio a partir do dia 1º de maio. Os empreendedores também pressionam contra a quarentena, sob alegação de prejuízos, demissões e quebradeira. Os comerciantes vinculados ao Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo – Sindilojas/SP reclamam da queda no faturamento do Dia das Mães, uma das datas comemorativas mais lucrativas para o varejo, por conta do isolamento social. Em nota, o Sindicato pede ao governo a “reabertura do comércio na cidade de São Paulo no dia 1º de maio próximo, para lojas de rua e shopping centers, seguindo as regras de higiene e distanciamento, e com controle de quantidade de clientes dentro do estabelecimento comercial.”