De acordo com o último levantamento feito pela FGV – Fundação Getulio Vargas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou sua segunda queda consecutiva em novembro. O índice teve redução de 0,7 ponto, chegando a 81,7. Apesar disso, a média móvel trimestral registrou a quinta alta consecutiva, de 0,5 ponto. Entre os quesitos que medem a situação atual, o indicador que mede a satisfação presente dos consumidores com a economia acomodou em 75,7 pontos ao ceder 0,2 ponto em novembro, enquanto o indicador de finanças familiares diminuiu 0,9 ponto, para 68,5, registrando a segunda queda consecutiva.

“A confiança dos consumidores recuou pelo segundo mês consecutivo em novembro, refletindo piora da situação atual e das expectativas para os próximos meses. O resultado reflete o aumento da incerteza relacionada à pandemia e seu potencial impacto sobre a economia. Com o provável fim do período de benefícios emergenciais, muitos consumidores que perderam o emprego este ano devem retornar ao mercado de trabalho num momento em que as empresas ainda estarão adiando contratações ou demitindo, principalmente no caso de ocorrência de uma segunda onda de covid-19. O início de um amplo programa de vacinação em 2021 é uma esperança para a melhora da confiança”, diz Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens, em comentário no relatório.

Em relação às expectativas, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica foi o que mais contribuiu para a queda do ICC no mês ao recuar 3,8 pontos, para 106,8. As perspectivas sobre as finanças das famílias também cederam 0,9 ponto, para 93,2. Apesar disso, houve uma ligeira reação no indicador que mede a intenção de gastos com bens duráveis para os próximos meses para 69,5 pontos, nível ainda baixo em termos históricos.

A análise por faixas de renda mostra que houve recuo da confiança das famílias com maior poder aquisitivo e acomodação para as famílias de menor poder aquisitivo. A confiança das famílias com renda acima de R$ 9,6 mil registrou queda de 3,1 pontos, influenciada pelo pessimismo relacionado tanto à economia quanto às finanças familiares nos próximos meses.

 

Fonte: Valor Econômico
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