Foto de capa: Leon Rodrigues

 

No dia 27 de agosto é celebrado em todo o mundo o Dia da Limpeza Urbana. Normalmente, pessoas se reúnem voluntariamente para limpar monumentos, lavar e varrer igrejas e parques em pequenas comunidades. É também um dia de reflexão sobre a importância da manutenção do meio físico como instrumento de cidadania e dignidade, evitando a proliferação de doenças e mazelas sociais. Em tempos de pandemia, essa reflexão deve ser redobrada.

Logo no início da quarentena em São Paulo, a Amlurb – Autoridade Municipal de Limpeza Urbana, vinculado à Secretaria Municipal das Subprefeituras, divulgou um plano de gestão dos resíduos e limpeza urbana que garantisse a coleta de lixo urbano e, ao mesmo tempo, garantisse a segurança dos profissionais. Para evitar a proliferação do coronavírus em vias públicas, o serviço de lavagem na cidade foi ampliado. Nos arredores de hospitais e em vias com grande circulação de pessoas, agentes das subprefeituras locais realizam diariamente a higienização com desinfetante bactericida, pulverização de água de reúso, sabão e cloro.

Foto: Edson Lopes Jr

No Circuito das Compras, além das ações de limpeza nas vias e superfícies, a Prefeitura de São Paulo também priorizou a vacinação para pessoas em situação de rua com mais de 60 anos. Nesta região (onde vivem e circulam 11.048 pessoas em situação de rua), a Secretaria Municipal das Subprefeituras instalou bebedouros públicos, banheiros masculinos e femininos, e 11 pias com água potável para que as pessoas possam fazer a higienização das mãos.

Entretanto, para o presidente da APECC, Ademir Antonio de Moraes, o órgão poderia ter aproveitado o período de quarentena e a ausência do fluxo de pessoas para aplicar melhorias no serviço prestado. “Temos o atacado de frutas e verduras no período noturno nas regiões da 25 de Março, ruas Barão Duprat e Cantareira, e também nas proximidades do Parque D. Pedro, porém não há programas de manutenção neste horário”, afirma Ademir. “Os mutirões de limpeza diurnos acabam atrapalhando a circulação do público e, consequentemente, afugenta os consumidores.”

Sobre as melhorias que poderiam ser instituídas no sistema de zeladoria no Circuito das Compras, Moraes destaca a fiscalização dos atacadistas de frutas que trabalham no período noturno na região, além de um trabalho de conscientização junto com a Associação. “O trabalho de limpeza e manutenção geral do espaço público feito pela Amlurb e pelos lojistas atrairão mais pessoas”, finaliza.

 

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