Há uma discussão sobre a verdadeira origem do sanduíche de mortadela do Mercado Municipal de São Paulo.  Uma das versões é que a iguaria paulistana seja criação do Bar do Mané, inaugurado em 1933, como Bar do Jeremias.  Segundo esta vertente, o lanche teria surgido para atender às necessidades dos feirantes do Mercadão, que precisavam de uma refeição rápida.

“Meu avô deixava os sanduíches de pão francês com mortadela no balcão, para que os trabalhadores passassem e pegassem a comida para o café da manhã. Era uma rotina”, conta Marco Antônio, responsável pelo Bar do Mané, que está na sua 4ª geração.

A porção exagerada de mortadela teria sido acrescentada na década de 1970, pelo pai de Marco Antônio. “Como o sanduíche ficou popular e era tabelado, por isso meu pai decidiu diferenciar, mudou o valor e acrescentou mais recheio ao pão, cerca de 150 gramas de mortadela. Na época ele ficou conhecido como lanche caprichado. Com o passar do tempo, a receita foi sofrendo alterações até chegar ao que é vendido hoje”, explica. E, desde então, o sanduíche faz parte da vida dos paulistanos.

O início do reconhecimento veio no dia 10 de julho de 1979, quando o guia do jornal Estadão falou pela primeira vez sobre a iguaria em uma matéria com o título: O lanche de mortadela dá fama ao boteco. O sucesso se consolidou em 1995, quando o bar apareceu na novela “A Próxima Vítima”, da Rede Globo.

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