O Governo de São Paulo prorrogou a fase emergencial de quarentena por mais duas semanas em todo o estado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (26) durante a coletiva de imprensa do governo no Palácio dos Bandeirantes. A fase mais restritiva começou no dia 15 de março e tinha previsão de acabar no próximo dia 30. Agora, vai até o dia 11 de abril.
Neste período, em todo o estado só é permitido o funcionamento de serviços essenciais, como farmácias, supermercados e postos de gasolina. Fica obrigatório ainda o teletrabalho para serviços administrativos.
De acordo com o vice-governador, Rodrigo Garcia, a medida segue devido ao número recorde de internações nas UTIs paulistas e nos óbitos no estado. “Hoje, tivemos a triste marca de 1.193 mortes em 24h”, disse. O último registro tinha sido feito na última semana, no dia 23, quando o estado teve 1.021 perdas de vidas.
A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 91,6% tanto no estado quanto na Grande São Paulo. Há unidades em que a capacidade atingiu os 100%.
Reveja as regras da fase emergencial
Nesta quarentena, o governo adotou medidas até então inéditas, como um toque de recolher. É proibido circular nas ruas em todo o estado das 20h às 5h sem que haja um motivo justificável, como voltar do trabalho ou ir a um atendimento médico urgente, por exemplo. Os agentes de segurança fazem blitze para verificar o motivo das pessoas estarem fora de casa – não há multa ou punição, apenas orientação.
Outras restrições envolvem setores que até então eram considerados essenciais. Lojas de materiais de construção, por exemplo, estão proibidas de abrir. Outra alteração é a retirada de alimentos em restaurantes, que passou a ser proibida. A modalidade delivery está permitida a qualquer hora do dia, e a de drive-thru somente no período noturno, das 5h às 20h. As praias e os parques seguem fechados.