Com a proximidade do Natal, cresce a expectativa dos comerciantes pelo aumento das vendas. Mas, em meio a uma pandemia, como será este cenário? Apesar da expectativa de queda e dos problemas enfrentados neste período, como a escassez de matéria prima que atinge o comércio em efeito cascata, os empresários estão otimistas em relação à retomada das vendas embalados com a chegada das festas de fim de ano e o incremento do 13º salário.

A antecipação do clima natalino já é parte da estratégia para atrair os clientes e melhorar o faturamento após o período de recesso ocasionado pela Covid-19. Neste caso, o investimento em decoração, enfeites e luzes para criar esse “clima natalino” e se diferenciar no ambiente são primordiais, pois, atraem a atenção das pessoas.

Cheio de desafios, o “Natal do Novo Normal” requer atenção em como os clientes estão consumindo neste período. Segundo Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo, por ser um ano atípico, em relação às vendas de fim de ano, 2020 ainda tem muitas incertezas, mas a expectativa real é que em dezembro o comércio esteja no mesmo nível de 2019. Se as expectativas forem correspondidas, o economista considera que será um bom Natal. Para ele, a geração de empregos dá sinal de reação e vários setores que estavam paralisados, de forma gradual, estão retornando aos trabalhos. Há, portanto, um crescimento das vendas, porém abaixo, em relação ao ano anterior, avalia Marcel.

Para Paulino de Melo Wagner, presidente do Sindilojas de Florianópolis e Região, a chegada do fim do ano é uma oportunidade de retomada no comércio, tanto por causa das festas quanto por conta da temporada de verão. “Somos a favor e queremos incentivar que os lojistas de rua e de todos os empreendimentos comerciais comecem desde já a enfeitar as lojas e a programar os próximos dias que, esperamos, devem servir para recuperar um pouco do prejuízo causado pelo fechamento”, comenta o presidente.

O presidente da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, José Roberto Tadros, disse que, a despeito da conjuntura adversa, o Natal deve trazer alguma recuperação ao setor, mas prevê que 2021 terá “um cenário difícil, de lenta recuperação”. Enquanto as vendas devem subir impulsionadas pelo e-commerce (comércio eletrônico), a geração de vagas de trabalho temporárias deve cair 20% em relação a 2019, com 18 mil postos a menos.

 

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