O surgimento do Pix ajudou a popularizar a modalidade de pagamento eletrônico no Brasil. Ela já é usada por mais de 70% dos brasileiros que possuem conta bancária. Contudo, um dos seus efeitos negativos é o número de tentativas de golpes contra lojistas.

O Mapa da Fraude, estudo elaborado pela empresa especializada ClearSale, em 2021, ocorreram 6,1 milhões de tentativas de golpes envolvendo meios de pagamentos digitais no Brasil. Somadas, chegam a incríveis R$ 5,8 bilhões. O quadro em 2022 não mudou, pois no primeiro semestre foram 2,8 milhões de tentativas. Isso significa um aumento de quase 10% em relação ao mesmo período no ano passado.

Os golpes mais comuns são roubos ou invasão de celular, onde a vítima perde todo o dinheiro que possui na conta após transferência eletrônica. Porém, existem golpes menos complexos, que induzem os lojistas ao erro e resultem em prejuízo. Para evitá-los, deve-se adotar rotinas de segurança no dia-a-dia.

Como funcionam os golpes?

O golpe do Pix contra lojistas é uma estratégia usada por criminosos que envolve a ausência de um comprovante de transação para os vendedores. Com a demora em ver a transação realizada, o suposto cliente alega que sistema deve estar lento, que deve haver um “bug” e que a transação logo será concluída. Ele então pode ir embora alegando que já fez o pagamento.

Há quem faça a transferência do valor do produto, mas para outra conta, de um cúmplice ou para si mesmo, em outro banco. Ele então mostra rapidamente o celular chamando atenção para o valor, apontando para os números, fazendo com o que o lojista acredite que está tudo certo e acabe ficando seu o dinheiro.

Outra fraude comum é quando o suposto cliente faz uma compra, realiza uma transferência, pergunta se o nome do beneficiário e o banco são o que ele vê na tela. Diante da afirmativa, começa a dizer que está com pressa, trocando de assunto para distrair a atenção. Acaba saindo apressado e, quando o lojista finalmente verifica sua conta, percebem que, no lugar do valor real, uma transferência de centavos foi realizada.

Dicas para se proteger

A melhor proteção dos varejistas para evitar esse tipo de fraude é o comerciante estar atento a detalhes. Ele pode explicar que só irá entregar o produto após a verificação do depósito, como ocorre com o cartão ou pagamento em dinheiro.

Outra alternativa é abrir uma conta exclusiva para o Pix, que será acessada apenas para checar se os pagamentos estão corretos. Isso evita, por exemplo, que alguma notificação de aplicativo tire a atenção do lojista ou funcionário.

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