Em junho, o comércio vive uma das cinco melhores datas comerciais do ano para ampliar as vendas: o Dia dos Namorados. Uma oportunidade de melhorar o caixa em tempos pandêmicos e de aumento do desemprego. Em São Paulo, é difícil pensar em locais que ofereçam maior oferta de produtos para os apaixonados que 25 de Março, Bom Retiro, Brás e Liberdade, para citar apenas alguns dos que fazem parte do Circuito das Compras da capital.
Para o presidente da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC), Ademir Antônio de Moraes, os empresários têm investido cada vez mais no 12 de junho. “São muitas as sugestões de presentes para o amado ou para a amada”, explica.
Proprietária de uma loja de placas decorativas que leva o seu nome na Rua Comendador Afonso Kherlakian, perto da Galeria Pajé, Rosiane Gomes Soares dos Santos está otimista em relação ao aumento das vendas no sexto mês do ano. Ela vende placas, quadros, molduras, vidros e relógios para a decoração de ambientes, com muitos artigos do tipo voltados para os casais.
“Investimos nos kits, permitindo que os namorados façam as suas combinações”, diz. “Mesmo com a queda nas vendas causada pela pandemia, estou otimista, vamos recuperar os prejuízos até o final do ano”. Assim, para animar os clientes, a empresária lançou novas estampas para os seus quadros, reforçando as possibilidades de combinação desses acessórios por aqueles que se amam.
Outro empreendedor que aposta na recuperação gradativa das vendas até dezembro é Flávio Cazarine, supervisor da Menina Mimada, loja de capas e acessórios para celular, além de proprietário de outras cinco unidades na 25. “Estamos nos preparando para datas ainda mais fortes, como a Black Friday e o Natal”, explica. Agora com foco nos apaixonados, a expectativa é de vender caixas de som, fones com bluetooth e smartwatches.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no Dia dos Namorados devem crescer 2,5% em 2021, um resultado que não chega a repor as perdas de 2020, mas que sinaliza a capacidade que o varejo tem de vender mais.