Neste sábado, 25 de junho, é comemorado o Dia do Imigrante. A data foi instituída em 1957, para lembrar a importância das pessoas nascidas em outros países que ajudaram a formar o Brasil. A cidade de São Paulo possui uma ligação muito forte com as pessoas que escolheram nosso país para iniciar sua nova vida.

No final do século 19 imigrantes sírios e libaneses chegaram à capital paulista para construírem uma nova história. Muitos deles se instalaram nas imediações do Centro de São Paulo, bairros com aluguel barato e próximo a linhas de trem que viabilizava o recebimento de materiais para serem comercializados.

No principio, o tecido era o principal produto comercializado pelos árabes que viviam na região hoje conhecida como 25 de Março. A participação desses imigrantes é tão importante para a região que muitas ruas daquele entorno foram batizadas com nomes de descendentes de sírios e libaneses, como Cavalheiro Basílio Jafet, Jorge Azem e Praça Ragueb Chohfi.

O comércio popular foi surgindo naquela região e se transformando ao longo das décadas. Atualmente, a Rua 25 de Março vende diversos tipos de mercadorias e muitos dos comerciantes que atuam neste famoso endereço e nas ruas ao redor são imigrantes de diversas nacionalidades. De fato, toda a região que compreende o Circuito das Compras conta com muitos empreendedores e trabalhadores nascidos em outros países ou descendentes diretos.

São Paulo dos imigrantes

A cidade de São Paulo historicamente tem muitas ligações com imigrantes, desde os fundadores portugueses, passando pelos italianos que trabalharam no processo de industrialização da capital, no final do século 18, até o começo do século 19, com a chegada de sírios, libaneses, turcos e russos.

Conforme a prefeitura de São Paulo, são mais de 360 mil estrangeiros vivendo legalmente aqui. Ainda segundo o levantamento municipal, os bolivianos lideram o ranking, com cerca de 100 mil. Na sequência vêm os chineses, com 26 mil; seguidos por haitianos e peruanos.

Registros na Polícia Federal e na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) mostram a região com maior número de estrangeiros é o Bom Retiro, onde a imigração predominante é de moradores vindos de Israel, Coreia do Sul, Grécia, Itália e Bolívia, mas também conta com nascidos na Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai, Venezuela, Armênia, Síria e Líbano.

Ao mesmo tempo, estrangeiros que migraram para a capital para investir em comércios se concentram no Brás e arredores. Os principais países de origem dos residentes dessa região são oriundos de países como China, Índia, Itália, Argentina, Colômbia, Peru, Grécia, Equador, Angola, Síria, Bolívia, Paraguai e Armênia.

Na Bela Vista, Centro de São Paulo, e no Pari existem centros de acolhida a imigrantes. Eles funcionam como o primeiro contato com a prefeitura, ajudando no recebimento da documentação. Muitos de seus funcionários também são imigrantes, o que facilita o atendimento, pois eles também passaram por todo o processo. Saiba mais sobre eles aqui.

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