Por Thomas Law* e Armando Rovai**

A riqueza de um país é medida por sua diversidade. Essa, por sua vez, é resultado da origem, tempo, etnia, circunstâncias e geografia. O fruto dessa mistura de temperos traduz-se na imigração que se transforma em uma importante e necessária parte para o desenvolvimento de uma nação.

Vale destacar que a definição de imigrante pode ser conceituada de duas maneiras distintas. Como forçados e voluntários, onde a distinção se baseia no fato de que os primeiros estão fugindo de seus países em busca de sobrevivência ou chance de trabalho, sem documentação ou registros. De outro lado, temos a vinda de pessoas conscientes do seu ato migratório buscando melhores condições de vida e boas oportunidades para empreender e estudar.

Nota-se, assim, uma diferença grande entre as formas de chegada de estrangeiros em solo nacional. Porém, ambas as modalidades precisam ser respeitadas e valorizadas, pois promovem geração de renda, empregos e pagamento de tributos. Portento, deve-se ter sentimento de solidariedade e acolhimento com esses cidadãos que buscam uma vida digna ou, por vezes, a própria sobrevivência para si e seus familiares.

Ao longo dos anos, o Brasil recebeu pessoas de todos os continentes, sendo evidente a grande concentração de portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e chineses. Na última década, acolheu relevante quantidade de refugiados oriundos dos mais diferentes países. É de se destacar o selo régio deixado como legado pelos descendentes destes imigrantes que de um modo ou de outro deram continuidade a todo o esforço do árduo trabalho realizado por seus antepassados.

Nota-se que os Imigrados trazem desenvolvimento ao país, visto que buscam emprego e melhorias econômicas, como pode ser visto no almejado processo de retomada do comércio e revitalização do centro da cidade São Paulo.

Nesta mesma região central nos deparamos com grandes comunidades de imigrantes como: judeus, libaneses, sírios, italianos, portugueses, bolivianos, venezuelanos, angolanos, japoneses, chineses e tantos outros, os quais contribuem sobremaneira para o implemento do comércio popular central urbano. Esta vanguarda negocial viabilizou, inicialmente, a redinamização do bairro da Liberdade e, hoje, do centro histórico por meio da recuperação do Mercado Municipal, comércios em shoppings centers populares legalizados, valorização imobiliária, circulação de pessoas e geração de um turismo de compras.

Com isso, neste Dia do Imigrante temos de acolher, parabenizar e valorizar a coragem destas pessoas que deixam suas nações, lares e famílias para buscarem uma melhor condição de vida, empreendendo no Brasil gerando frutos, riquezas e melhorias que são notadas e utilizadas tanto por eles quantos pelos brasileiros, visto que o trabalho destes imigrantes irão propiciar a recuperação, revitalização e possibilidade da Megalópole se tornar uma smart city.

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*Thomas Law (descendente de imigrantes) – Doutor em Direito, professor da PUC/SP e da FAAP. presidente do IBRACHINA e do IBRAWORK

**Armando Rovai (descendente de imigrantes) – Doutor em Direito, Professor da PUC/SP e do Mackenzie. Foi Secretário Nacional do Consumidor (SENACOM/MJ) e presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) e do IPEM/SP. Atualmente é assessor jurídico da APECC.

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