A pandemia do novo coronavírus está afetando a economia mundial, incluindo a do Brasil. São Paulo é o estado brasileiro mais afetado pelo vírus, e o governo estadual decretou algumas medidas de prevenção e combate ao contágio, entre elas o fechamento de centros comerciais localizados na capital e na região metropolitana até o dia 30 de abril. A decisão impacta diretamente nas vendas do período de Páscoa: a intenção de compra caiu cerca de 25% em vários estados, de acordo com o SEBRAE.
O Circuito das Compras já sente os efeitos dos decretos governamentais. Os lojistas cujos comércios não se categorizam como essenciais foram obrigados a baixar as portas. Somente mantiveram o funcionamento as farmácias, os mercados, as padarias, os pet shops e os postos de gasolina. Restaurantes e lanchonetes também podem continuar abertos, desde que respeitem a determinação de manter a distância mínima de 1 metro entre as mesas, de intensificar a limpeza, e de disponibilizar álcool-gel para todos os clientes e funcionários.
“As lojas poderão continuar a funcionar para balanços, entregas delivery, inventário e pequenas reformas. Mas o atendimento presencial fica proibido a partir da sexta-feira (20/3). Quem não atender a determinação pode ter a licença cassada e o local fechado pela Prefeitura”, declarou o Prefeito de São Paulo, Bruno Covas. “É preciso tomar medidas cada vez mais restritivas porque o número de casos confirmados na cidade por causa do coronavírus cresce na ordem de 33% por dia”, complementou.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo – FecomercioSP, a possibilidade do atendimento não presencial – por meio de delivery, telefone, WhatsApp e outros aplicativos – é uma das opções que os empreendedores têm para tentar diminuir as perdas durante esse período. Outras alternativas legais também podem ser adotadas durante o período de suspensão das atividades de portas abertas, como utilização do banco de horas, e a antecipação de férias coletivas e de folgas em feriados não religiosos.
O Governo Federal anunciou um pacote de medidas contra os impactos econômicos no valor de R$170 bilhões. As pequenas e médias empresas poderão adiar o pagamento do imposto do Simples Nacional e o recolhimento do FGTS de funcionários por até 3 meses. Outras medidas também entrarão em vigor para manutenção dos empregos, como a liberação do corte da jornada de trabalho e do salário dos funcionários – estes poderão pedir a antecipação de parte do seguro-desemprego por até 3 meses. Além desses benefícios, o Ministério da Economia anunciou também a facilitação de crédito e de renegociação de dívidas em bancos públicos.
O pacote de medidas também prevê benefícios para a população. Aposentados e pensionistas do INSS terão as parcelas do 13º antecipadas para abril e maio. Segundo estimativas das autoridades, o valor total deve chegar a R$ 23 bilhões – aproximadamente R$ 5,4 bilhões devem ser pagos a residentes de São Paulo. A FecomercioSP acredita que as medidas devem atenuar ambiente para o comércio paulista, mas não vão impedir queda nas vendas.
A Associação Paulista de Empreendedores do Circuito das Compras – APECC orienta que os empresários mantenham a calma e a organização neste momento, e se mantém à disposição dos seus associados para eventuais dúvidas. Entre em contato pelo telefone 11 3148-0299 ou pelo e-mail contato@apecc.com.br