Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou crescimento. Foi de 0,8%, em novembro. O avanço, no ano, é mais expressivo na comparação ao mesmo período em 2021, ficando em 10,9%.

Com o resultado, o indicador atingiu 131,9 pontos, maior patamar da série histórica, que começou em 2011. Os números foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura mensalmente o índice.

Conforme explica o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o fim de ano é, tradicionalmente, um momento de boas expectativas para o varejo. Este ano há outros fatores que contribuem para aumentar a confiança do empresariado do comércio.

“Em 2022, há uma condição especial e inédita que é a conjugação das intenções de compra para a Black Friday e o Natal com a realização da Copa do Mundo do Catar”, disse, acrescentando que, além desse impulso adicional, há a economia atual favorável e a previsão do pagamento da primeira parcela do 13º salário que reforçaram a confiança do empresário do comércio.

Pelos cálculos da CNC, a Black Friday movimentou R$ 4,2 bilhões no país, maior faturamento desde 2010. Já com a Copa, o incremento previsto para o varejo é de R$ 1,5 bilhão.

Contratação

Entre os comerciantes pesquisados, 85,2% revelaram que vão aumentar a contratação de funcionários neste fim de ano. O percentual é a maior proporção desde o início da apuração do Icec, em 2011. Após três meses de queda, o indicador registrou elevação de 0,2% na comparação mensal. Com isso, atingiu o maior nível histórico: 144 pontos.

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, apontou alguns fatores para o aumento da intenção de contratações. “A chegada das festas de fim de ano e o desempenho mais favorável da economia e do comércio estão incentivando as intenções de investir para absorver funcionários e estimular o consumo”, explicou.

Conforme as estatísticas da CNC, o Natal deve resultar na contratação de 109,4 mil trabalhadores temporários, o maior volume em nove anos no Brasil. Deste total, é possível que 11% sejam efetivados.

Roupas e calçados

Os mais satisfeitos com o nível de atividade do setor continuam sendo os comerciantes do segmento de vestuário, tecidos e calçados. Com a sétima alta mensal seguida, o indicador chegou a 120,3 pontos. “Essa dinâmica acontece pela necessidade que os consumidores têm, neste momento, de roupas e calçados novos para a retomada dos eventos sociais de fim de ano, o que deve ser incentivado pela Copa do Mundo”, observou a economista.

Um levantamento especial realizado pela CNC, com 18 mil consumidores em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, mostrou que 36% dos brasileiros pretendem comprar itens relacionados com a Copa, o que seria uma alta de 12 pontos percentuais em relação ao Mundial de Futebol de 2018. Os itens preferidos são os artigos de vestuário temático, indicados por 14,9% dos entrevistados.

* Com informações de Agência Brasil.

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