A diversidade religiosa do Brasil é refletida em São Paulo, sua maior cidade. Além de templos cristãos, o Circuito das Compras conta com a Sinagoga Israelita do Braz. Fundada em 23 de junho de 1925, mantém em seu nome a grafia original do bairro do Brás.

Conforme a Federação Israelita de São Paulo, a imigração de judeus para o estado começou no final do século 19, mas foi a partir da década de 1910 que teve início a formação de uma comunidade judaica organizada, com imigrantes oriundos principalmente da Europa Oriental (Rússia, Polônia, Romênia, Lituânia e outros).

A arquitetura do templo localizado no número 51 da Rua Bresser assemelha-se a outras sinagogas construídas no mesmo período. O acesso ao edifício, de paredes brancas e faixas verticais em pastilhas azuis, é possível através de dois portões laterais. As duas escadarias laterais e externas dão acesso à ala masculina. Através de mais um lance de escadas, chega-se à ala feminina. Ambas mantêm os tradicionais bancos de madeira.

Originalmente, o teto da sinagoga era adornado com os símbolos do zodíaco ou Mazalót, tema artístico comum a várias sinagogas na Polônia. Mas após várias reformas, eles não podem mais ser vistos, restando apenas os desenhos nas muretas superiores.

Os janelões frontais possuem um formato que lembram as “Tabuas da Lei” recebidas por Moisés enquanto o povo judeu andava no deserto, conforme relata o Livro de Êxodo. O interior do templo é pintado de branco e azul, cores da bandeira de Israel. Outro aspecto histórico sobre a sinagoga é que, entre 1937 e 1972, esteve ligada à Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich.

Mantendo as celebrações judaicas, em especial o shabbat às sextas-feiras, a congregação é liderada pelo rabino norte-americano Michael Leipziger, graduado pelo Jewish Theological Seminary (JTS), doutor pela Boston University e doutor Honoris Causa pelo JTS.

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