O empreendedorismo feminino é assunto constante na sociedade. O tema vai além da mulher em cargos de liderança, ampliando a visibilidade feminina na gestão de negócios e contribuindo com a quebra de estereótipos de gênero. É através dele que muitas mulheres encontram uma forma de sustento, de ganhar espaço na sociedade e fazer a diferença em sua família ou comunidade.

É importante salientar que o empreendedorismo feminino inclui mulheres em diversas atividades, dos grandes negócios e startups até as que produzem refeições sob encomenda em suas casas e donas de pequenos e-commerce.

De acordo com dados recentes do SEBRAE, a taxa de conversão de “empreendedoras” em “donas de negócio” é de 40%. Entre os motivos apontados pelo Sebrae que explicam a maior desistência feminina (em comparação com a taxa de conversão masculina de 65%) estão as jornadas duplas, a falta de apoio da família ou o fato de serem as principais responsáveis pelos filhos. Ainda de acordo com o relatório, as mulheres são as que mais empreendem por necessidade.

Alécia Reis, proprietária da Up Make, estava nesta nessa situação quando mudou para São Paulo. “Eu morava na Bahia e vim para cá com a minha família. Passamos por dificuldades e decidi que seria melhor investir em algo que nos desse alguma segurança,” disse a empresária em entrevista para a APECC. Sua loja de cosméticos existe há 15 anos no Shopping 25 de Março, um dos lugares mais importantes do Circuito das Compras de São Paulo.

 

Outro desafio enfrentado pelas mulheres empreendedoras é a hostilidade em ambientes considerados masculinos. A mulher precisa mostrar que características biológicas não limitam sua competência ou capacidade. Muitas delas se sentem obrigadas a trabalhar duas vezes mais para obter o devido reconhecimento.

“É bem mais difícil ser mulher no ambiente corporativo. No meu grupo de trabalho, todos são homens. Mas eu mostro que estou aqui para fazer o meu trabalho. E ao demonstrar essa segurança, você passa a ser respeitada.” declarou a empresária Jennifer Chen, proprietária da JC Negócios, em entrevista no programa Linha de Frente. “Um dos segredos é ser resiliente. Se cair sete vezes, levante oito. Mas siga em frente em busca do seu objetivo”, complementou Chen.

 

É fato que o empreendedorismo feminino promove transformações sociais e uma verdadeira mudança de perspectiva. De acordo com a coordenadora nacional de projetos de empreendedorismo feminino do SEBRAE, Renata Malheiros, as mulheres representam 50% dos novos negócios no Brasil. Ela reforça que o trabalho do Sebrae é fomentar o empreendedorismo e que é importante apoiar os projetos de mulheres.

Um levantamento feito em 2019 pela Dell mostra que São Paulo está entre as 50 capitais mundiais mais favoráveis para mulheres que empreendem. O estudo analisou políticas públicas e privadas que fomentam o empreendedorismo feminino. Neste cenário, o Circuito das Compras em São Paulo se revela um catalisador. As mulheres representam boa parte do total de empresários com negócios nas regiões que compõem o circuito paulista.

Segundo a pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, empresas que não possuem mulheres em cargos de liderança têm 29% menos probabilidade de atingir lucratividade acima da média. Incentivar o empreendedorismo feminino é importante para a expansão da economia, já que cria um ambiente mais rico e com maior diversidade de ideias. Esses fatores são essenciais para a inovação e o desenvolvimento.

O SEBRAE possui iniciativas exclusivas para as mulheres para impulsioná-las na liderança no mercado e nos negócios. Para isso, produz webinars para ajudar as empreendedoras nos principais desafios ligados ao universo empreendedor. Acesse o site e confira a agenda completa!

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