A cidade de São Paulo completa 468 anos nesta terça-feira (25) e, para lembrar a data, resgatamos um pouco de como o comércio ajudou a moldar a metrópole.

No final do século 19 a riqueza do café gerou a multiplicação de empreendimentos comerciais. A indústria também despontava e as oportunidades de se fazer novos negócios atraíam empreendedores locais e estrangeiros, afinal os imigrantes são alicerces da sociedade paulistana.

Apesar das constantes transformações, algumas lojas permanecem funcionando e servem como exemplos da memória viva da cidade.

Loja Doural

Conforme o site São Paulo Antiga, a mais antiga é a Loja Doural, fundada em 1895 pelo imigrante sírio Assad Abdalla. Ela está localizada em uma das principais artérias paulistanas – a Rua 25 de Março.

A loja ainda pertence à mesma família e oferece ao público paulistano mais de 60 mil produtos. Ao longo dos anos, abriu duas outras unidades na capital, transportando sua imensa história na cidade. Conheça um pouco mais sobre ela no site oficial.

Foto: São Paulo Antiga

Caso Godinho

A mercearia mais antiga de São Paulo ainda em funcionamento é a Casa Godinho. Aberta em 1888, desde então escreveu uma longa história. Esse “empório de secos e molhados” é famoso pelo seu bacalhau desfiado.

Fundada pelo imigrante português José Maria Godinho, a Casa Godinho ficava no Largo da Sé, sendo transferida em 1924 para o endereço da Rua Libero Badaró, onde se encontra até hoje.

Tão importante é essa casa que a própria UNESCO a consideraria Patrimônio Cultural Imaterial paulistano. Como todo comércio, a loja se modernizou, possui um site e conta até com um app próprio.

Ao longo do século XX, São Paulo se moldou aos tempos e começaram a surgir os shopping centers, que reuniam diferentes opções para os consumidores e acabaram se multiplicando pelo país.

Shopping Iguatemi

O primeiro shopping construído no Brasil foi o “Iguatemi São Paulo”, inaugurado em novembro de 1966. O prédio foi erguido no terreno de uma chácara da família Matarazzo, na Rua Iguatemi, que inspirou a escolha do nome. Anos mais tarde a rua foi transformada na Avenida Faria Lima.

Segundo registros da imprensa na época, a ideia de um centro de compras era vista com desconfiança. Havia quem apostasse que esse modelo de negócio não daria certo. Afinal, naquela época, o costume era colocar as melhores roupas para comprar nas lojas da região da Rua Augusta.

Para atrair o público, no dia de sua inauguração, ocorreu um show com ícones da MPB, como Chico Buarque, Nara Leão e Eliana Pittman. O evento reuniu cerca de 5 mil visitantes curiosos para saber do que se tratava o novo empreendimento.

Foto: São Paulo in Foco

APECC

Nesse mosaico cultural que é São Paulo surgem iniciativas que reúnem varejistas brasileiros e imigrantes, consolidadas em iniciativas como o Circuito das Compras. Ele faz parte da história recente da capital, nascido da necessidade de revitalização do centro da capital paulista.

A ideia criada em meados da década de 2010 segue os moldes de outras iniciativas governamentais que incentivam a reocupação desta área. A iniciativa desenvolvida pela Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras – APECC interliga e fortalece o comércio já existente nas áreas centrais, estimulando a visitação e aumentando as vendas.

Ao transformar a região em um shopping a céu aberto, com investimentos públicos e privados em segurança e zeladoria, o grupo tornou a experiência de compras mais cômoda e prazerosa.

O Circuito das Compras possui perímetro total de mais de 18km², englobando 993 ruas e 2.714 trechos de ruas – a maior parte delas localizadas nos bairros Brás, Sé, Belém, Bom Retiro e Pari. Quase dois milhões de pessoas transitam pelo Circuito das Compras por dia, entre moradores, trabalhadores, consumidores e turistas.

Saiba mais sobre a associação aqui.

 

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