Com a grande diversidade de opções de compras no físico e no online, os consumidores se mostram cada vez menos propensos a esperar, caso não encontrem o que precisam numa loja.
O termo técnico para a chamada “ruptura”, que indica a ausência dos artigos nas prateleiras, tende a resultar na desistência da compra e, consequentemente, a perda de um cliente.
O problema merece atenção. Um estudo recente da Nielsen mostrou que 32% dos consumidores afirmam buscar outra loja, de um concorrente, ao não encontrarem o produto que desejam no primeiro estabelecimento.
Conforme explica Carlos Wayand, CEO da Mob2Con, conhecida plataforma que mede eficiência operacional do varejo, esse é um dos problemas mais sérios do momento, impactando diretamente a experiência do consumidor. Isso pode interferir no faturamento das lojas que mostraram ter problemas com a reposição de estoque ou não estarem atentas às novidades do mercado.
“Estamos falando de algo que não só afasta o público, como também danifica a imagem da marca, expondo falhas que são vistas como falta de capacidade de atender às necessidades básicas dos consumidores”, reforça Wayand.
Para a Mob2con existem três tipos de “ruptura”: comercial, operacional e administrativa. A primeira surge quando existem problemas na negociação com fornecedores, resultando na falta de produtos. A operacional é quando há produto no estoque, porém houve falhas na reposição no período adequado.
Já a administrativa é causada por problemas na gestão interna de estoque, quando o sistema da loja identifica que o produto está em estoque, mas de fato ele não existe.
A avaliação da Mob2con é que os varejistas precisam fazer uma minuciosa análise para identificar a melhor solução. Apesar das inúmeras possibilidades, Wayand destaca que algumas delas são mais frequentes e repetitivas.
Ainda segundo o levantamento da Nielsen, a média global de ruptura no varejo é de 8,3%. No Brasil, esse número é em torno de 10%. Fica claro que a ruptura gera um grande prejuízo ao varejo, podendo diminuir as vendas de uma loja entre 5% e 10% e ter impacto no faturamento.
“A falta da reposição seja pela mão de obra supermercadista ou a do promotor de venda são algumas das origens mais comuns”.
Conforme os especialistas, uma gestão eficaz do estoque e preparo dos funcionários para oferecer alternativas ao cliente do são armas fundamentais.
Nesse sentido, a tecnologia desempenha um papel fundamental nesta atuação estratégica. Estudos mostram que as empresas que investem em tecnologia para controle de estoque conseguem minimizar as perdas causadas pela “ruptura” e garantem que os produtos estejam sempre expostos para os consumidores e aumentem a competitividade da loja.