A mobilidade urbana é um grande desafio para uma metrópole como São Paulo. Entre os projetos trabalhados pela Prefeitura para a melhoria do fluxo e integração no Centro Histórico, está um projeto de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Batizado de “Bonde São Paulo”, além de uma nova alternativa de transporte integrada, deve qualificar os deslocamentos como uma mobilidade sustentável.
Estudos técnicos preliminares e projetos funcionais foram realizados pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e a SP Urbanismo começou a trabalhar na elaboração de serviços especializados para o desenvolvimento de estudos técnicos urbanísticos.
O VLT faz parte do Plano de Requalificação Urbana com Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável. Existe a expectativa de Prefeitura da utilização de R$ 1,4 bilhão para a implantação do projeto. O valor viria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Nos próximos meses um chamamento público para receber contribuições da sociedade civil e da iniciativa privada para o projeto.
A APECC defende melhorias para o Centro e a acompanha de perto o desenvolvimento do projeto.
Trajeto melhorará circulação no Circuito das Compras
Os estudos iniciais estabelecem uma rede com aproximadamente 12 km de extensão distribuída em duas linhas que conectariam cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM. As duas linhas se integrariam na Av. São João e, ao todo, teriam 27 estações de embarque e desembarque. Em relação às linhas de ônibus, destaca-se a conexão entre os Terminais Dom Pedro II, Bandeira e Princesa Isabel, absorvendo a população das Zonas Leste, Sul, Norte e Oeste.
Um dos principais destaques do projeto é a articulação de bairros da região central, como Bom Retiro e Brás, que fazem parte do Circuito das Compras. O Bonde São Paulo poderá integrar espaços relevantes para a economia cultura da capital, como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.
Parques e espaços livres de relevância também poderão ser acessados pelo Bonde São Paulo, como o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.
A expectativa é que a circulação de pedestres atual poderá ser absorvida pela nova alternativa de transporte. Do ponto de vista ambiental, a rede de VLT poderá mitigar poluição atmosférica e sonora, reduzir congestionamentos e contribuir para a revitalização de áreas degradadas.