Sobram motivos para amar o Circuito das Compras de São Paulo. Polos de comércio como a 25 de Março, Brás, Bom Retiro e Rua Santa Ifigênia são imbatíveis em matéria de variedade e preço baixo. Por isso mesmo, arquitetos que acompanham essas regiões defendem melhorias no urbanismo desses endereços. Os empreendedores compartilham da mesma opinião. E sonham em vender seus produtos em ruas mais bonitas e acolhedoras para os seus clientes.
“A melhoria da urbanização e revitalização do circuito das compras é um dos grandes desafios da Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras (APECC)”. afirma o presidente da associação, Ademir Antônio de Moraes.
Segundo Moraes, o maior centro popular de compras do país merece “melhorias na limpeza, segurança e logística de trânsito”. “Estamos envolvidos na revitalização do Centro de São Paulo”, explica.
Há outras novidades: “Assumimos a manutenção da preservação de áreas verdes na Praça da Bandeira, Rua Prates, Rua Ribeiro de Lima e Avenida Mercúrio, no trecho que vai da Cantareira até a Praça São Vito”, afirma Moraes.
Responsável por vários projetos nos polos do Circuito das Compras, a arquiteta Ana Lidia da Silva destaca ações que teriam “grande impacto na qualidade dos espaços urbanos nessas áreas”. “São necessárias a melhoria do passeio (pavimentação e ampliação das calçadas), a colocação de travessias em nível para pedestres entre as calçadas e o mobiliário (lixeiras e bancos, por exemplo) e a criação de espaço de estar e descanso para os consumidores”, explica. “Uma pavimentação de boa qualidade facilita a caminhada dos pedestres, bem como o transporte das compras”, diz.
Outra ideia, segundo Ana Lidia, seria a oferta de um ônibus circular que levasse os clientes ao longo do dia de um ponto a outro do Circuito. “Poderia ser estimulado até o aumento da circulação nas ruas menos movimentadas, a partir da definição da rota a ser percorrida”.
Outro observador atento do urbanismo do Circuito, Eduardo Carvalho concorda que vias comerciais tão importantes para a cidade precisam ser mais agradáveis para quem circula por elas. milhão de pessoas na 25 de
Diretor da empresa de melhorias urbanas Farah Service, Carvalho aponta problemas como as calçadas, que muitas vezes não favorecem a caminhada, e a falta de áreas verdes. “Ajudaria plantar mais árvores, padronizar as fachadas, ter áreas culturais nos principais polos do Circuito”, afirma. “Queremos que os centros de compras sejam espaços onde as pessoas tenham prazer em ficar mais”, diz.
Outra dica envolve a criação de espaços de descanso, inclusive com a oferta de banheiros, entre outros serviços. “As ruas comerciais não devem ser campos de batalha, mas sim funcionar como um convite para que os consumidores se sintam à vontade nelas”, afirma.